alhos & bugalhos

Novos Talentos

O cantor itajuipense Alex Bronze interpretando “Malucoi Beleza” do Raul Seixas foi o grande vencedor do Canta Jequitibá. O evento promovido pelo Shopping Jequitibá revelou novos talentos da música regional. O segundo lugar ficou com a ilheense, Judith Lima, que interpretou “Um ser de luz”, de Mariane de Castro. A itabunense Kercia Vicente levou a terceira colocação cantando “Garganta” de Ana Carolina. Tudo isso diante de um grande público que lotou a Praça de Alimentação do shopping.

FILME LEMBRA MORTES DE PAI PEDRO E DOM VALFREDO TEPE

Pai Pedro e Dom Valfredo Tepe. Imagens: Raildo (Baú do José Leite/R2Cpress) e Diocese de Ilhéus.

O documentário “As Cruzes e os Credos”, dirigido por Fabrício Ramos e Camele Queiroz, participa do Festival Virtual de curtas SOMOS AFRO. O festival colombiano é voltado para temas ligados às identidades afrodescendentes na América Latina e no Caribe. O filme foi gravado em ilhéus, onde as raízes das crenças africanas e do catolicismo (colonial) andam juntas. A narrativa propõe uma reflexão pausada e misteriosa em torno desse tema.

O documentário desenvolve uma metaliguagem, porque retoma o tema de um filme feito por Ramos em 2003, ano em que Pai Pedro Farias e o Bispo Dom Valfredo Tepe morreram em Ilhéus. As mortes ocorreram em dias consecutivos. Isso atraiu o olhar do autor para a repercussão dos dois eventos na cidade.

O curta concorreu primeiro com 179 filmes de 32 países, dos quais 26 foram pré-selecionados. Os mais votados irão para a mostra oficial. A votação permanecerá aberta por todo o mês de abril. Acesse aqui a página do filme para assisti-lo e, caso queira, ajude-o com seu voto.

A produção do documentário foi independente e contou com o sistema de financiamento coletivo.

Agricultores recebem novos títulos de propriedade rural

 

A Prefeitura de Canavieiras e a Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri) iniciarão nesta quarta-feira (8) a entrega de mais títulos de terra a agricultores familiares do município. Também está sendo realizado o cadastramento para a regularização fundiária de imóveis rurais. Os pequenos produtores deverão fazer o seu requerimento do título da área que detém a posse na Secretaria Municipal da Agricultura, no prédio ao lado da Prefeitura. Informa o Supervisor de Cadastro da Coordenação de Desenvolvimento Agrário (CDA), Walker Froes Aragão, que a regularização é gratuita para os agricultores. O procedimento de regularização será feito em duas etapas: a primeira é referente à entrega de documentos, na Secretaria Municipal da Agricultura, e a segunda etapa será executada com a visita dos técnicos às propriedades. Até agora já foram entregues mais de 200 títulos de propriedade aos agricultores familiares de Canavieiras e outros 12 deverao ser entregues ainda esta semana (com prazo até o dia 18 de abril próximo). Segundo previsão dos técnicos da CDA e da Secretaria da Agricultura, outros pequenos produtores rurais ainda poderão ser beneficiados com a regularização. Explica o secretário municipal da Agricultura, João Brasil, que para a parte burocrática, que se inicia nesta quarta-feira (8), é necessário comparecer com os seguintes documentos: RG e CPF. Caso sejam casados no civil também o RG e CPF do Cônjuge e Certidão de Casamento. Os dois (esposo e esposa) deverão comparecer para receber os documentos e assinar o cadastro.

As diferenças de opinião (só quando interessa) - JB

 

Terceirização sem limites vai a plenário apesar de protestos

 

Após dia tenso em Brasília, a votação do projeto de lei que amplia as possibilidades de terceirização no país foi adiada para hoje. A apreciação do PL 4.330/04 estava marcada para ontem, mas a tarde foi marcada pelo confronto entre sindicalistas que são contra a proposta e a Polícia Militar. O ato deixou oito feridos e cinco detidos. Na confusão, dois deputados — Vicentinho (PT-SP) e Lincoln Portela (PR-MG) — foram atingidos com gás de pimenta. À noite, após intensas discussões, os deputados aprovaram requerimento de urgência para o projeto por 316 a 166 votos. PT e PC do B e outros partidos da base se manifestaram contra a proposta.O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se irritou com os manifestantes e afirmou que as atitudes de enfrentamento apenas aceleram a tramitação. “Protestos são legítimos, mas quando partem para agressão, depredação e o baixo nível que imperou hoje, o Congresso tem de reagir. De minha parte, só me estimula a votar mais”, disse. 

Pontos de Cultura passarão a ser política de Estado

Michèlle Canes - Repórter da Agência Brasil Edição: Graça Adjuto

 

Pontos de Cultura

Os pontos de Cultura terão legislação própria e serão política de Estado. Essas são algumas das mudanças que passam a valer com o lançamento hoje (8) da Política Nacional de Cultura Viva (PNCV).

Instituída pela Lei 13.018/14, mais conhecida como Lei Cultura Viva, a PNCV será lançada pelo Ministério da Cultura (MinC) juntamente com a lei. A legislação foi sancionada pela presidenta Dilma Rousseff em julho do ano passado, mas precisava ser regulamentada para entrar em vigor.

“Hoje, os pontos de Cultura, com a Lei Cultura Viva, se tornam uma política do Estado brasileiro, ou seja, independente de governo ou partido eles vão existir dentro da política do país. Isso é algo muito importante para quem produz cultura”, disse a secretária da Cidadania e Diversidade Cultural do MinC, Ivana Bentes. Ela explica que outra mudança é a possibilidade da autodeclaração. Agora, mesmo aqueles grupos que não forem contemplados pelos editais do MinC poderão ter o reconhecimento de ponto de Cultura. Ela conta que hoje o país tem cerca de 4 mil pontos beneficiados por recursos do Estado e que aqueles grupos que hoje não recebem mais os recursos, reivindicavam continuar com o título, já que não deixaram de desenvolver as ações e os trabalhos.

“Quem produz cultura no Brasil não é só quem recebe dinheiro do edital, não é só quem está vinculado ao recebimento de recurso público. O contingente de produtores culturais no Brasil é gigante”, diz. Para a secretária, outra vantagem da autodeclaração, além do reconhecimento do trabalho, é a possibilidade de mapeamento, por parte do ministério, dos agentes culturais do país, já que para pedir o reconhecimento o grupo terá que preencher um cadastro nacional fornecendo informações sobre suas atividades.

O terceiro ponto de destaque é a criação do Termo de Compromisso Cultural (TCC), que vai mudar a maneira como será feita a prestação de contas dos recursos repassados pelo MinC. A ideia é adequar essa necessidade à realidade dos pontos de Cultura que, muitas vezes, são aldeias indígenas e grupos tradicionais, por exemplo, e que tinham dificuldades com o atual sistema. “Essa prestação de contas vai focar na ação, no cumprimento do objeto. Claro que ele vai ter que mostrar ao Estado a prestação de contas, onde foi gasto o dinheiro, a planilha financeira, vai ter que guardar as notas, mas, para a prestação de contas inicial, o cumprimento do objeto é mais importante”, ressalta Ivana Bentes. 

A secretária informa que a regulamentação foi debatida com diferentes atores para que atendesse tanto às necessidades jurídicas quanto à realidade dos pontos. “Foi discutido com o MinC, com a Controladoria-Geral da União, advogados, ou seja, a lei está totalmente dentro do arcabouço jurídico e legal”.

Como a lei beneficia ações e manifestações culturais que já existem em todo o país, o reconhecimento dos pontos de Cultura fará com que essas iniciativas ganhem cada vez mais visibilidade e se aproximem ainda mais da sociedade, mostrando a produção cultural. “A gente entende que essa autodeclaração e esse mapeamento vão dar visibilidades, fazer com que esses agentes sejam empoderados. Eles vão ganhar um reconhecimento social. Em uma sociedade contemporânea, a cultura é um agente político, a produção cultural é um agente de formação e educação”.

Os pontos de Cultura estão presentes em cerca de mil municípios de 26 estados brasileiros, segundo o MinC. O lançamento desta quarta-feira será na Sala Funarte Cássia Eller e contará com a presença do ministro da Cultura, Juca Ferreira, além de gestores de cultura e representantes da sociedade civil.

Por hoje é só... Vou bater o martelo: Ponto Final.

Redação o Bolso do Alfaiate