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Senado aprova minirreforma
eleitoral e texto segue para a Câmara
Agência Brasil - Após a aprovação de algumas emendas, o Senado
concluiu, na noite de hoje (16) a votação do projeto da minirreforma eleitoral
e encaminhou o texto para a Câmara dos Deputados. A matéria regulamenta
diversas questões relacionadas às campanhas e ao processo eleitoral. Por isso,
precisa ser votada e sancionada até o dia 4 de outubro para valer nas eleições
do ano que vem.
Entre as principais
mudanças estabelecidas no projeto está a proibição de que os partidos troquem
seus candidatos na véspera da eleição, como ocorre atualmente. O texto
estabelece que a mudança tem que ser feita até 20 dias antes do pleito. “Aquela
questão de o candidato ficha suja ficar concorrendo até a véspera da eleição e
depois trocar em cima da hora, nós acabamos com isso”, explicou o autor do
projeto, senador Romero Jucá (PMDB-RR).
O texto também proíbe que
o presidente da República que for candidato à reeleição faça pronunciamento em
cadeia nacional de rádio e televisão para se promover ou atacar candidatos da
oposição. Segundo Jucá, a questão foi colocada no projeto apenas para ficar
mais clara. “É o que já era previsto na Constituição, nós só evidenciamos na
legislação eleitoral”, disse.
Outro ponto da atual lei
eleitoral que é alterado no projeto é o que trata da propaganda de boca de
urna. O texto estipula multa, além da prisão, para quem praticar a divulgação
de candidato no dia da eleição. Segundo Jucá, a detenção fica mantida para o
indivíduo e para o mandante, se ele for identificado. “Nós só endurecemos
acrescentando na lei a previsão da multa”, explicou o autor do projeto.
A minirreforma eleitoral
ainda proíbe a propaganda em faixas, muros e placas e o adesivamento total de
carros, chamado de envelopagem. Ficam permitidos adesivos de até 50 centímetros
no vidro traseiro e a emissão de opinião pessoal em redes sociais na internet.
Foi imposto ainda um limite de contratação de cabos eleitorais. Uma emenda
pretendia impedir a doação de empresas para as campanhas, mas foi rejeitada
pelo plenário.
O autor do projeto
reconhece que o tempo para aprovação da matéria a tempo de ela valer para as
próximas eleições é curto, mas se disse confiante. “Temos um prazo muito
exíguo, mas temos conversado com os líderes da Câmara, conversei hoje com o
deputado Cândido Vaccarezza [PT-SP], eu adotei emendas solicitadas pelos
deputados, portanto nós estamos trabalhando em parceria”, disse Romero Jucá.
Multa extra do FGTS é usada para cobrir perdas do governo
O dinheiro arrecadado com a
multa adicional de 10% paga pelas empresas ao FGTS quando demitem sem justa
causa tem ajudado o Tesouro Nacional a cobrir perdas de arrecadação no caixa
oficial desde o início de 2012.Ao contrário do que argumenta o governo para
convencer o Congresso a não extinguir a multa, os recursos não estão no bolo
que financia o programa habitacional Minha Casa Minha Vida.Pelo balanço do FGTS
do primeiro semestre deste ano obtido pela Folha, a dívida do Tesouro com o
fundo, que pertence aos trabalhadores, chega a R$ 9,1 bilhões.Desse total, R$
4,46 bilhões vêm da multa de 10% que não foi repassada ao fundo e R$ 4,057
bilhões, da parcela dos subsídios dados pelo programa, que deveria ser custeado
pela União.Criada em 2001 para dar ao fundo caixa para quitar expurgos
decorrentes de planos econômicos, a multa ia direto para o fundo. Amparado numa
brecha legal, o Tesouro passou a reter os recursos em abril de 2012,
comprometendo-se a devolvê-los ao FGTS em prazo indefinido.
Regular a terceirização é uma necessidade
O projeto em tramitação,
se aprovado na sua essência, vai assegurar todos os direitos trabalhistas e
benefícios aos contratados
Não
são poucos os aspectos positivos da transformação em lei de um projeto que
tramita no Congresso desde 2004 estabelecendo regras sobre a terceirização de
mão de obra. O projeto ficou parado na Câmara dos Deputados por nove anos, mas
agora, finalmente, entrou na pauta de votações da Comissão de Constituição e
Justiça, em um processo que pode abreviar sua aprovação. Diferentemente do que
alguns líderes sindicais tentam transparecer, o projeto não tem como objetivo
“prejudicar trabalhadores”, mas estabelecer regras e definir situações para a
terceirização, evitando disputas desnecessárias na Justiça. Mas a resistência
ao óbvio continua, tanto que, quarta-feira, em meio a tumultos, o presidente da
Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), decidiu adiar a votação do projeto para o dia
17.
A terceirização é imprescindível para o bom funcionamento das empresas, pela possibilidade de contratação de serviços especializados. Se aprovada na sua essência, a futura lei impedirá, por exemplo, a contratação de serviços junto a empresas não especializadas, que fazem de tudo, e servem apenas como intermediárias no fornecimento de mão de obra. A contratação somente será aceita se o fornecedor comprovar qualificação e especialização nos serviços. Com isso, serão eliminadas as zonas cinzentas do mercado de trabalho que envolvem a terceirização.
Uma das críticas feitas por sindicatos à terceirização refere-se à precariedade dos contratos e desrespeito a direitos trabalhistas. Isso também ficará claro na futura lei, pois o projeto determina que o contratante apenas pagará à contratada se houver rigoroso respeito a estes direitos, assim como das cláusulas dos acordos e convenções coletivas. O contratante se tornará um vigilante, aliado dos trabalhadores que lhes prestarem serviços, do cumprimento da legislação, afastando do mercado os maus empregadores. Benefícios como décimo terceiro salário, horas extras, repouso remunerado, férias etc. terão de ser cumpridos. Além disso, o contratante terá de zelar para que os trabalhadores terceirizados usufruam de benefícios semelhantes aos oferecidos a seus empregados, como facilidade de alimentação, transporte, amparo ambulatorial, higiene e segurança. Também não faz sentido a reivindicação sindical de limitar a atividades-meio o uso de mão de obra terceirizada. O contratante é que sabe a melhor forma de usar esta modalidade de contrato de trabalho.
Em suma, o que se espera é eliminar esse terreno cinzento, deixando a terceirização de ser orientada apenas por uma súmula do Tribunal Regional do Trabalho. As empresas não são capazes de fazer tudo com a mesma eficiência. Precisam de serviços especializados para reduzir custos de produção, o que beneficia a sociedade como um todo. Impedi-la ou ignorá-la não significa avanço do mercado de trabalho. Ao contrário, restringe as oportunidades do mercado porque reduz a eficiência e a competitividade da economia como um todo. E incentiva a informalidade. - o Globo
A terceirização é imprescindível para o bom funcionamento das empresas, pela possibilidade de contratação de serviços especializados. Se aprovada na sua essência, a futura lei impedirá, por exemplo, a contratação de serviços junto a empresas não especializadas, que fazem de tudo, e servem apenas como intermediárias no fornecimento de mão de obra. A contratação somente será aceita se o fornecedor comprovar qualificação e especialização nos serviços. Com isso, serão eliminadas as zonas cinzentas do mercado de trabalho que envolvem a terceirização.
Uma das críticas feitas por sindicatos à terceirização refere-se à precariedade dos contratos e desrespeito a direitos trabalhistas. Isso também ficará claro na futura lei, pois o projeto determina que o contratante apenas pagará à contratada se houver rigoroso respeito a estes direitos, assim como das cláusulas dos acordos e convenções coletivas. O contratante se tornará um vigilante, aliado dos trabalhadores que lhes prestarem serviços, do cumprimento da legislação, afastando do mercado os maus empregadores. Benefícios como décimo terceiro salário, horas extras, repouso remunerado, férias etc. terão de ser cumpridos. Além disso, o contratante terá de zelar para que os trabalhadores terceirizados usufruam de benefícios semelhantes aos oferecidos a seus empregados, como facilidade de alimentação, transporte, amparo ambulatorial, higiene e segurança. Também não faz sentido a reivindicação sindical de limitar a atividades-meio o uso de mão de obra terceirizada. O contratante é que sabe a melhor forma de usar esta modalidade de contrato de trabalho.
Em suma, o que se espera é eliminar esse terreno cinzento, deixando a terceirização de ser orientada apenas por uma súmula do Tribunal Regional do Trabalho. As empresas não são capazes de fazer tudo com a mesma eficiência. Precisam de serviços especializados para reduzir custos de produção, o que beneficia a sociedade como um todo. Impedi-la ou ignorá-la não significa avanço do mercado de trabalho. Ao contrário, restringe as oportunidades do mercado porque reduz a eficiência e a competitividade da economia como um todo. E incentiva a informalidade. - o Globo
VOU
BATER O MARTELO...
PONTO FINAL. (REDAÇÃO: O BOLSO DO ALFAIATE)
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