alhos
& bugalhos
Do 
A SELEÇÃO DO MARKETING
Walmir
Rosário*
Bola pro mato que o jogo é de campeonato. Essa expressão popular
está sendo seguida fielmente pela presidenta Dilma Rousseff a pedido do seu
time de marqueteiros. E não é pra menos. O ano é de eleições e de Copa do
Mundo. Um está intrinsecamente ligado ao outro.
Se nossa seleção de futebol bobear na Copa a presidenta ainda
terá cerca de 90 dias para se recompor da fama de “pé-frio”, atributo também
conferido ao seu antecessor, o ex-presidente Lula. Para evitar esse dissabor,
chamou às falas seus subordinados, exigindo mais ação do governo.
E esse chamamento foi um “puxão de orelhas” na turma de
ministros e secretários, que não têm sido muito laboriosos, deixando obras
importantes em atraso. Obras como as de mobilidade urbana, Programa Minha Casa
Minha Vida, Pronatec, e o Programa Mais Médicos estão nessa pauta.
A presidenta deu ordens expressas para que, no máximo até o dia
5 de julho, data fatídica para participar das inaugurações, essas obras e
serviços possam ser entregues. E não será fácil cumprir esse prazo. A não ser
que: como já fez recentemente, inaugure a maior quantidade possível dessas
obras sem estarem acabadas.
Até aí não há novidade alguma. O mais grave nisso é se os
“aspones” entenderem as ordens da presidenta Dilma ao pé-da-letra e descuidarem
da segurança. E essa história já foi vista por nós, principalmente na
construção das formosas arenas que sediarão os jogos da Copa do Mundo.
E a dívida da presidente Dilma com a sociedade brasileira não se
prende somente às obras em andamento, mas as reclamadas por parte de
representantes da sociedade nas manifestações de ruas. Essas cobranças ainda
estão na memória do esquecido povo brasileiro.
Os pactos anunciados por temas que versam sobre responsabilidade
fiscal, reforma política, saúde, transporte e educação ainda ecoam em nossos
ouvidos. De forma pronta e inteligente, essa foi a forma encontrada para
abrandar a onda de protestos que abundou as nossas cidades.
Pois bem, aos poucos, os R$ 0,20 de aumento nas tarifas do
transporte coletivo foram sendo autorizados, os preços nos supermercados
remarcados. Até a temível figura do dragão da inflação reapareceu. Em alto
estilo é bom que se diga, só que de forma sorrateira, mas eficiente.
Com uma seleção de marqueteiros de dar inveja ao Felipão, a
presidenta formula sua tática conforme a reação dos adversários. Por enquanto,
só a defesa e o ataque funcionam, mas de forma atabalhoada, por falta de coesão
do meio de campo.
Ao que parece, o sucesso da presidenta depende 100% do time do
Felipão…
Mão pesada de Barroso
Apoiado por
Zavascki, o juiz propõe uma importante mudança na lei do foro privilegiado. A
ideia emplacou
publicado 07/06/2014 00:35, última modificação 07/06/2014 07:05
O ministro Roberto
Barroso, do Supremo Tribunal Federal
As turmas, que só têm cinco membros e cujas sessões não são
exibidas na TV Justiça, têm uma dinâmica muito mais ágil. A alteração foi obra
conjunta dos dois ministros novatos, indicados pela presidenta Dilma Rousseff.
Luís Roberto Barroso ofereceu, no fim do ano passado, uma proposta simples: o
recebimento de denúncias contra parlamentares deveria passar do plenário para
as turmas. Teori Zavascki concordou e propôs que todo julgamento contra
parlamentares fosse de competência das turmas.
Levantamento do jornal digital Congresso em Foco indica que,
até agora, dos 566 deputados que assumiram mandato em 2014, considerando
titulares, suplentes e licenciados, 114 são investigados no Supremo. Nesse bolo
há 243 inquéritos e ações penais.
A ideia de Barroso e Zavascki emplacou. E pode até ir
mais além. Quem sabe abrir caminho para a moralização do instituto do foro por
prerrogativa de função previsto na Constituição.
A lei virou trem da alegria, onde embarcaram passageiros
oportunistas e outros com bilhetes falsos. Acabou com a regra da igualdade para
todos, um dos pilares das repúblicas.
Sempre contido em suas manifestações, o ministro Barroso não
se contém diante do abuso existente no Brasil com esse sistema, e proclama: “É
feito para não funcionar”.
Durante intervenção no julgamento da Ação Penal 470, chamada
de “mensalão”, Luís Roberto Barroso atacou com firmeza e objetividade o
funcionamento do foro privilegiado. Faz poucas concessões. Barroso reduz a
multidão protegida pelo manto do privilégio ao presidente da República, ao
vice, aos presidentes do Senado e da Câmara, ao STF e ao procurador-geral da
República.
Segundo
ele, o foro por prerrogativa de função “alimenta a tentação
permanente de manipulação da jurisdição pelos réus”.
O ministro dá exemplos: “Há os que procuraram se eleger para
mudar o órgão jurisdicional competente, passando do primeiro grau para o STF.
Há os que deixam de se candidatar à reeleição, com o mesmo propósito, só que
invertido: para a competência do STF para o órgão de primeiro grau. E há os que
renunciam para produzir o efeito de baixa do processo, no momento que mais lhes
convém”.
Mas se preocupa em dar cobertura à autoridade pública
“sujeita à má-fé ou ao oportunismo políticos de ações penais em qualquer parte
do País”.
Para esses casos seria criada uma Vara Especializada em
Brasília, com um juiz titular para julgar ações penais e outro juiz titular
para julgar ações de improbidade. Seriam escolhidos pelo STF dentre juízes
federais de 1º grau. Eles teriam juízes auxiliares necessários.
Diante da situação, o juiz, adepto de punições mais brandas,
condena o sistema existente com mão pesada: “É péssimo”. Do http://www.cartacapital.com.br/
POR HOJE É SÓ...
PONTO FINAL (REDAÇÃO: O BOLSO DO ALFAIATE)
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