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terça-feira, 17 de setembro de 2024

Caetano Veloso fala sobre aproximação com religião evangélica: "Hoje sou um ex-antirreligioso"

 alhos & bugalhos

Caixa começa a pagar Bolsa Família de setembro nesta terça-feira (17)


A Caixa Econômica Federal começa a pagar a parcela de setembro do novo Bolsa Família. Recebem nesta terça-feira (17) os beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 1.

O valor mínimo corresponde a R$ 600. Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até seis meses de idade, para garantir a alimentação da criança. O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos e outro, de R$ 150, a famílias com crianças de até 6 anos, de acordo com as informações da Agência Brasil.

No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

Além do benefício integral, cerca de 2,6 milhões de famílias estão na regra de proteção em setembro. Em vigor desde setembro do ano passado, essa regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo.

A partir deste ano, os beneficiários do Bolsa Família não têm mais o desconto do Seguro Defeso. A mudança foi estabelecida pela Lei 14.601/2023, que resgatou o Programa Bolsa Família. O Seguro Defeso é pago a pessoas que sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal e que não podem exercer a atividade durante o período da piracema (reprodução dos peixes).

Os beneficiários do Rio Grande do Sul recebem o pagamento hoje, independentemente do NIS. O pagamento unificado beneficiará cerca de 620 mil moradores do estado. Moradores de municípios em situação de emergência ou estado de calamidade pública em outros estados também receberão o Bolsa Família nesta terça, independentemente do NIS.

Lula sanciona desoneração da folha de pagamentos no último dia do prazo


A sanção não foi integral: Lula vetou quatro pontos do projeto aprovado pela Câmara dos Deputados no último dia 12. O texto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União.

 A sanção ocorreu no prazo final dado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Cristiano Zanin. Se não fosse cumprido, a desoneração em vigor deixaria de valer.

 

Um dos vetos trata dos recursos esquecidos em contas bancárias. "Os recursos existentes nas contas ou que tenham sido repassados ao Tesouro Nacional, de que trata o art. 45, poderão ser reclamados junto às instituições nos termos dos respectivos contratos de depósito, até 31 de dezembro de 2027", dizia o artigo 48.
 

O governo alega que o prazo estabelecido é conflitante com outros artigos da mesma finalidade. Um deles, o artigo 45, fala em 30 dias para reclamar o recurso esquecido junto às instituições onde ele se encontra.
 

Em outro, artigo 46, determina seis meses, a partir da data da publicação, para requerer judicialmente o reconhecimento dos depósitos. Esses pontos foram sancionados.
 

Outro artigo vetado é o que cria Centrais de Cobrança e Negociações de Créditos Não Tributários, que fariam acordos para resolver litígios. A justificativa do Planalto para este veto é que o Legislativo atribui competência ao Executivo, o que é inconstitucional.
 

O impasse em torno da prorrogação da desoneração se arrasta há mais de um ano com embates duros entre o Congresso e o Executivo. E, na última hora, envolveu inclusive o Banco Central.
 

O governo conseguiu aprovar uma emenda que permite que os depósitos esquecidos na conta dos bancos possam ser apropriados pelo Tesouro Nacional como receita e considerados para fins de verificação do cumprimento da meta fiscal de déficit zero neste ano.
 

O SVR (Sistema de Valores a Receber), do BC, indica a existência de R$ 8,5 bilhões esquecidos por pessoas físicas e empresas em bancos, administradoras de consórcios e outras instituições.
 

O BC, que tinha pedido aos parlamentares que rejeitassem integralmente trecho do projeto que permitia a incorporação desses recursos, não ficará obrigado a considerar esse dinheiro como receita nas suas estatísticas fiscais. Especialistas em contas públicas apontam, porém, que a lei do arcabouço fiscal determina que é o BC o responsável por validar se a meta foi atingida.
 

Um dos grupos beneficiados com a desoneração é o de comunicação, no qual se insere o Grupo Folha, empresa que edita a Folha. Também são contemplados os segmentos de calçados, call center, confecção e vestuário, construção civil, entre outros.
 

Com relação aos municípios de até 156 mil habitantes, haverá uma progressão da reoneração até 2027. A alíquota desonerada fica em 8% em 2024, e sobe para 12% em 2025, depois 16% em 2026, até chegar a 20% em 2027.

Caetano Veloso fala sobre aproximação com religião evangélica: "Hoje sou um ex-antirreligioso"


A presença da canção 'Deus Cuida de Mim', do pastor Kleber Lucas, no repertório do cantor Caetano Veloso surpreendeu alguns fãs que acompanharam o artista na turnê 'Caetano & Bethânia', mas para o baiano, nada é tão natural quanto a aproximação dele com a religião.

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o artista afirmou que sempre respeitou a religião evangélica e não vê a inclusão da faixa no repertório como uma forma de se aproveitar da música gospel.

 

"Parece-me absurdo que, para alguém, tal fato não tenha importância. No meu caso, isso se mostra em forma de respeito a um fenômeno social de grande magnitude. Para outros pode ser algo que mereça oposição. Ou desprezo. [...] Essa é a única canção que não recebe aplausos entusiasmados. E isso não me surpreende. Para a maioria do público que vai ver Bethânia comigo, o interesse pelo assunto "igrejas evangélicas" não é algo esperado nem desejado. Mas eu sei que pode criar conversas que não costumam se dar."

 

O artista, que foi criado em uma casa católica e tem dois filhos evangélicos, Tom e Zeca, se descreve como um "ex-antirreligioso".

 

"Acho que hoje sou um ex-antirreligioso. A expressão "católico de axé" aparece numa descrição dos brasileiros na música que abre meu mais recente álbum, chamado "Meu Coco". Ela é seguida de "e neo-pentecostal". Tenho profunda e respeitosa ligação com o candomblé. Meu pai era mulato, nascido em 1901. Hoje entendo que a experiência humana não pode ser pensada sem a dimensão religiosa. Gosto muito do pensador Roberto Mangabeira por ele nitidamente pensar a vida humana levando isso em conta."

 

Caetano, que já colaborou com o pastor Kleber Lucas, diz não se sentir confortável em dar conselhos religiosos, disse que não acredita ter passado por uma grande transformação sobre sua visão com a fé cristã evangélica, mas sim, ter entendido a importância dela ao longo dos anos.

 

"Nunca me identifiquei com preconceitos religiosos ou antirreligiosos. [...] Não sou um teólogo nem posso dizer que passei por uma mudança em relação ao cristianismo dito evangélico. Apenas fui vendo, pouco a pouco, o quanto ele se tornou presente no Brasil. Por isso canto o louvor de Kleber Lucas na turnê com Bethânia."

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