alhos &
bugalhos
Perguntar não ofende: que competências tem Ideli Salvatti para ser
ministra do Tribunal de Contas?
Ideli: ex-professora da rede pública de SC, ex-militantes
sindical, ex-senadora: onde estão as competências técnicas mínimas para estar
no TCU? (Foto: Agência Brasil)
Ela foi professora da
rede estadual de Santa Catarina durante pouco mais de dez anos.
Ela militou em
comunidades eclesiais de base, na Pastoral Operária e em associações de
moradores.
Ela ajudou a fundar o
PT na cidade em que vivia em Santa Catarina.
Ela foi sindicalista
em diferentes organizações, desde a associação de professores até o sindicato
dos “trabalhadores em educação”.
Foi fundadora da CUT
em Santa Catarina, e depois tesoureira do órgão.
Foi duas vezes
deputada estadual, uma vez senadora e, quando tentou ser governadora do
Estado, terminou a disputa em terceiro lugar.
Foi ministra da
Aquicultura e Pesca, seja lá o que isso signifique.
Foi ministra das
Relações Institucionais, mas como na prática ficou sem função, segurando a
pastinha do verdadeiro articulador político do governo Dilma, o chefe da Casa
Civil, Aloizio Mercadante, acabou ganhando a Secretaria dos Direitos Humanos.
A presidente Dilma,
mesmo depois do fracasso estrondoso que foi a tentativa de indicar um senador
atolado em processos para o Tribunal de Contas da União (ideia de Renan
Calheiros, presidente do Senado, que a presidente encampou), pensa em apoiá-la
para o cargo.
Vocês já sabem:
trata-se da ministra Ideli Salvatti.
Ela ficaria onde está
até que haja uma nova vaga no TCU, o que ocorrerá em novembro, quando o
ministro José Jorge atingirá a idade-limite de 70 anos. Pela Constituição, que
prevê que 6 dos 9 ministros do TCU sejam escolhidos pelo Congresso, esta vaga
será teoricamente preenchida pelo Congresso (no caso, pela Câmara dos
Deputados), porque José Jorge, ex-senador, havia sido indicado pelo
Legislativo.
E nós sabemos que o
governo Dilma tem maioria com sua chamada “base de sustentação” no Congresso e,
portanto, teoricamente aprova o nome que quiser. No caso, o de Ideli.
Agora, pergunto — já
que perguntar não ofende: em tudo o que vocês leram acima sobre as atividades
da ministra, em que, exatamente, ela se qualifica para ser ministra do Tribunal
de Contas?
Vejam o que a
Constituição, em seu artigo 72, inciso III, coloca como exigências para
integrar o tribunal, além dos requisitos normais referentes à idade, idoneidade
etc:
“III – notórios
conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de
administração pública;
IV – mais de dez anos
de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os
conhecimentos mencionados no inciso anterior.”
Qual sua competência
técnica? Ondo estão os “notórios conhecimentos”, sobretudo jurídicos (ela se
formou em Física), contábeis, econômicos e financeiros?
Onde estão os “mais
de dez anos de exercício ou de efetiva atividade profissional” que exija tais
conhecimentos? Nos sindicatos de professores? Nas salas de aula? Na CUT?
Quanto ela conhece de
contabilidade, matemática financeira, Direito Constitucional, Direito
Administrativo e mais centenas de habilidades necessárias para ser um ministro
minimamente competente do TCU?
Digo e repito:
perguntar não ofende.
“REFLEXÃO PARA OS BRASILEIROS SENSATOS NO PAÍS DAS
MARAVILHAS”.
PAULO – Filho do Ex- Presidente Figueiredo
RESPOSTA A SEU AMIGO FLÁVIO!
Flávio. De repente, hoje eu comecei a receber uma
enxurrada de mensagens mencionando esta história.
Sou, evidentemente, o cara mais suspeito para tecer considerações sobre qualquer matéria que faça juízo de valor a respeito de meu pai, especialmente em atos do seu governo.
Mas sobre este episódio, especificamente, não posso me furtar a lhe dizer, e com certeza absoluta, que o que está relatado é totalmente verdadeiro.
Até porque, veja você, calhou de eu estar presente no mencionado encontro.
Tinha acabado de vir do Rio, e fui direto para a Granja do Torto ver os meus pais, como eu sempre fazia assim que chegava em Brasília.
Soube que o “Velho” estava reunido com o Havelange, no gabinete da residência.
Como sempre tivemos com ele uma relação muito cordial, me permiti entrar para cumprimentá-lo e dar-lhe um abraço. “- João e João!
Esta reunião eu tenho que respeitar!”, brinquei irreverente, dele recebendo um carinhoso beijo. (Havelange sempre teve o hábito de beijar os amigos).
Ia, logicamente, me retirar, mas papai me deixou à vontade: “- Senta aí, estamos falando de futebol, que é coisa que você adora”.
Fui logo sacaneando: “Vocês já descobriram um jeito de salvar o Fluminense?” (risos – os dois eram tricolores roxos). “- Ainda não, mas vamos chegar lá.
Estamos conversando sobre Copa do Mundo…”Filho, neste momento, o Havelange está me sugerindo realizar a próxima Copa do Mundo no Brasil e eu vou dar uma resposta a ele com o seu testemunho: “Havelange, você conhece uma favela do Rio de Janeiro?
Você conhece a seca do nordeste?
Você conhece os números da pobreza no Brasil?
Com essa realidade, você acha que eu vou gastar dinheiro com estádio de futebol?
Não vou!
E, enfie essa tal de Copa do Mundo no buraco que você quiser, que eu não vou fazer nenhuma coisa destas no Brasil!
Sou, evidentemente, o cara mais suspeito para tecer considerações sobre qualquer matéria que faça juízo de valor a respeito de meu pai, especialmente em atos do seu governo.
Mas sobre este episódio, especificamente, não posso me furtar a lhe dizer, e com certeza absoluta, que o que está relatado é totalmente verdadeiro.
Até porque, veja você, calhou de eu estar presente no mencionado encontro.
Tinha acabado de vir do Rio, e fui direto para a Granja do Torto ver os meus pais, como eu sempre fazia assim que chegava em Brasília.
Soube que o “Velho” estava reunido com o Havelange, no gabinete da residência.
Como sempre tivemos com ele uma relação muito cordial, me permiti entrar para cumprimentá-lo e dar-lhe um abraço. “- João e João!
Esta reunião eu tenho que respeitar!”, brinquei irreverente, dele recebendo um carinhoso beijo. (Havelange sempre teve o hábito de beijar os amigos).
Ia, logicamente, me retirar, mas papai me deixou à vontade: “- Senta aí, estamos falando de futebol, que é coisa que você adora”.
Fui logo sacaneando: “Vocês já descobriram um jeito de salvar o Fluminense?” (risos – os dois eram tricolores roxos). “- Ainda não, mas vamos chegar lá.
Estamos conversando sobre Copa do Mundo…”Filho, neste momento, o Havelange está me sugerindo realizar a próxima Copa do Mundo no Brasil e eu vou dar uma resposta a ele com o seu testemunho: “Havelange, você conhece uma favela do Rio de Janeiro?
Você conhece a seca do nordeste?
Você conhece os números da pobreza no Brasil?
Com essa realidade, você acha que eu vou gastar dinheiro com estádio de futebol?
Não vou!
E, enfie essa tal de Copa do Mundo no buraco que você quiser, que eu não vou fazer nenhuma coisa destas no Brasil!
O Velho não concordava que o país despendesse quase um
bilhão de dólares (valor abissal para os números daquela época) para tentar
satisfazer o caderno de encargos da FIFA, principalmente diante do quadro de
enorme dificuldade financeira que o Brasil atravessava.
Uma situação cambial dramática, resultante de um aperto
histórico na liquidez internacional – taxa de juros internacionais de 22% a.a,
barril de petróleo a 50 dólares no mercado spot – agravada pela necessidade de
se dar continuidade a um importantíssimo conjunto de obras de
infraestrutura.
Muitas delas iniciadas, diga-se de passagem, em governos
anteriores, mas que não poderiam ser paralisadas por serem realmente de vital
importância para a continuidade do nosso desenvolvimento.
Realmente, era contrastante com o que se fez (ou melhor,
o que NÃO se fez) nos governos seguintes: várias hidrelétricas, começando por
Itaipu – até hoje é a segunda maior do mundo, além de Tucuruí, Balbina,
Sobradinho, todas com as suas gigantescas linhas de transmissão; conclusão da
expansão de todas as grandes siderúrgicas (CSN, Usiminas, Cosipa e outras – que
fizeram o Brasil passar de crônico importador para exportador de aço);
conclusão das usinas de Angra 1 e 2; um programa agrícola que permitiu que
ainda hoje estejamos colhendo os frutos da disparada de produção de grãos –
graças à Embrapa, ao programa dos cerrados e ao programa “Plante que o João
garante”; um salto formidável nas telecomunicações, até então ridículas;
multiplicação da malha rodoviária – a mesma, praticamente, na qual hoje ainda
rodamos, só que agora sucateada e abandonada; inauguração de dois metrôs: Rio e
São Paulo; instalação de vários açudes no sertão nordestino; a construção de
2.400.000 casas populares, mais do que toda a história do BNH até então, e
muito mais.
Isto é apenas o que eu me lembro agora, ao aqui escrever
rapidamente.
Em resumo: naquela época, o dinheiro dos impostos dos
brasileiros, simplesmente, destinava-se ao desenvolvimento do país.
Mas, para concluir, já falando do presente: o que se está fazendo com o povo brasileiro é simplesmente criminoso.
Só que a roubalheira na construção dos estádios é apenas a ponta do iceberg.
Só chamando um Aiatolá para dar jeito, mesmo.
Grande Abraço,
Mas, para concluir, já falando do presente: o que se está fazendo com o povo brasileiro é simplesmente criminoso.
Só que a roubalheira na construção dos estádios é apenas a ponta do iceberg.
Só chamando um Aiatolá para dar jeito, mesmo.
Grande Abraço,
Paulo Figueiredo
Obs.: 1 – Paulo Figueiredo é filho do ex-presidente João
Figueiredo.
2 – Por dever de justiça, é de se ressaltar que o Presidente João Figueiredo morreu pobre.
2 – Por dever de justiça, é de se ressaltar que o Presidente João Figueiredo morreu pobre.
Anos após morreu sua esposa, D. Dulce nas mesmas
condições.
Seu filho Paulo, hoje trabalha como qualquer mortal e nunca se teve notícia de qualquer negócio fantástico envolvendo seu nome, nem tampouco, que enriqueceu no governo do pai.
Seu filho Paulo, hoje trabalha como qualquer mortal e nunca se teve notícia de qualquer negócio fantástico envolvendo seu nome, nem tampouco, que enriqueceu no governo do pai.
POR HOJE É SÓ...
PONTO FINAL (REDAÇÃO: O BOLSO DO ALFAIATE)
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