É isso aí

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sábado, 26 de abril de 2014

alhos & bugalhos

Perguntar não ofende: que competências tem Ideli Salvatti para ser ministra do Tribunal de Contas?


 
Ideli: ex-professora da rede pública de SC, ex-militantes sindical, ex-senadora: onde estão as competências técnicas mínimas para estar no TCU? (Foto: Agência Brasil)
Ela foi professora da rede estadual de Santa Catarina durante pouco mais de dez anos.
Ela militou em comunidades eclesiais de base, na Pastoral Operária e em associações de moradores.
Ela ajudou a fundar o PT na cidade em que vivia em Santa Catarina.
Ela foi sindicalista em diferentes organizações, desde a associação de professores até o sindicato dos “trabalhadores em educação”.
Foi fundadora da CUT em Santa Catarina, e depois tesoureira do órgão.
Foi duas vezes deputada estadual, uma vez senadora e, quando tentou ser governadora do Estado, terminou a disputa em terceiro lugar.
Foi ministra da Aquicultura e Pesca, seja lá o que isso signifique.
Foi ministra das Relações Institucionais, mas como na prática ficou sem função, segurando a pastinha do verdadeiro articulador político do governo Dilma, o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, acabou ganhando a Secretaria dos Direitos Humanos.
A presidente Dilma, mesmo depois do fracasso estrondoso que foi a tentativa de indicar um senador atolado em processos para o Tribunal de Contas da União (ideia de Renan Calheiros, presidente do Senado, que a presidente encampou), pensa em apoiá-la para o cargo.
Vocês já sabem: trata-se da ministra Ideli Salvatti.
Ela ficaria onde está até que haja uma nova vaga no TCU, o que ocorrerá em novembro, quando o ministro José Jorge atingirá a idade-limite de 70 anos. Pela Constituição, que prevê que 6 dos 9 ministros do TCU sejam escolhidos pelo Congresso, esta vaga será teoricamente preenchida pelo Congresso (no caso, pela Câmara dos Deputados), porque José Jorge, ex-senador, havia sido indicado pelo Legislativo.
E nós sabemos que o governo Dilma tem maioria com sua chamada “base de sustentação” no Congresso e, portanto, teoricamente aprova o nome que quiser. No caso, o de Ideli.
Agora, pergunto — já que perguntar não ofende: em tudo o que vocês leram acima sobre as atividades da ministra, em que, exatamente, ela se qualifica para ser ministra do Tribunal de Contas?
Vejam o que a Constituição, em seu artigo 72, inciso III, coloca como exigências para integrar o tribunal, além dos requisitos normais referentes à idade, idoneidade etc:
“III – notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública;
IV – mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados no inciso anterior.”
Qual sua competência técnica? Ondo estão os “notórios conhecimentos”, sobretudo jurídicos (ela se formou em Física), contábeis, econômicos e financeiros?
Onde estão os “mais de dez anos de exercício ou de efetiva atividade profissional” que exija tais conhecimentos? Nos sindicatos de professores? Nas salas de aula? Na CUT?
Quanto ela conhece de contabilidade, matemática financeira, Direito Constitucional, Direito Administrativo e mais centenas de habilidades necessárias para ser um ministro minimamente competente do TCU?
Digo e repito: perguntar não ofende.

“REFLEXÃO PARA OS BRASILEIROS SENSATOS NO PAÍS DAS MARAVILHAS”.

PAULO – Filho do Ex- Presidente Figueiredo

RESPOSTA A SEU AMIGO FLÁVIO!
Flávio. De repente, hoje eu comecei a receber uma enxurrada de mensagens mencionando esta história. 
Sou, evidentemente, o cara mais suspeito para tecer considerações sobre qualquer matéria que faça juízo de valor a respeito de meu pai, especialmente em atos do seu governo. 
Mas sobre este episódio, especificamente, não posso me furtar a lhe dizer, e com certeza absoluta, que o que está relatado é totalmente verdadeiro. 
Até porque, veja você, calhou de eu estar presente no mencionado encontro. 
Tinha acabado de vir do Rio, e fui direto para a Granja do Torto ver os meus pais, como eu sempre fazia assim que chegava em Brasília. 
Soube que o “Velho” estava reunido com o Havelange, no gabinete da residência. 
Como sempre tivemos com ele uma relação muito cordial, me permiti entrar para cumprimentá-lo e dar-lhe um abraço. “- João e João! 
Esta reunião eu tenho que respeitar!”, brinquei irreverente, dele recebendo um carinhoso beijo. (Havelange sempre teve o hábito de beijar os amigos). 
Ia, logicamente, me retirar, mas papai me deixou à vontade: “- Senta aí, estamos falando de futebol, que é coisa que você adora”. 
Fui logo sacaneando: “Vocês já descobriram um jeito de salvar o Fluminense?” (risos – os dois eram tricolores roxos). “- Ainda não, mas vamos chegar lá. 
Estamos conversando sobre Copa do Mundo…”Filho, neste momento, o Havelange está me sugerindo realizar a próxima Copa do Mundo no Brasil e eu vou dar uma resposta a ele com o seu testemunho: “Havelange, você conhece uma favela do Rio de Janeiro? 
Você conhece a seca do nordeste? 
Você conhece os números da pobreza no Brasil? 
Com essa realidade, você acha que eu vou gastar dinheiro com estádio de futebol? 
Não vou! 
E, enfie essa tal de Copa do Mundo no buraco que você quiser, que eu não vou fazer nenhuma coisa destas no Brasil! 
O Velho não concordava que o país despendesse quase um bilhão de dólares (valor abissal para os números daquela época) para tentar satisfazer o caderno de encargos da FIFA, principalmente diante do quadro de enorme dificuldade financeira que o Brasil atravessava. 
Uma situação cambial dramática, resultante de um aperto histórico na liquidez internacional – taxa de juros internacionais de 22% a.a, barril de petróleo a 50 dólares no mercado spot – agravada pela necessidade de se dar continuidade a um importantíssimo conjunto de obras de infraestrutura. 
Muitas delas iniciadas, diga-se de passagem, em governos anteriores, mas que não poderiam ser paralisadas por serem realmente de vital importância para a continuidade do nosso desenvolvimento. 
Realmente, era contrastante com o que se fez (ou melhor, o que NÃO se fez) nos governos seguintes: várias hidrelétricas, começando por Itaipu – até hoje é a segunda maior do mundo, além de Tucuruí, Balbina, Sobradinho, todas com as suas gigantescas linhas de transmissão; conclusão da expansão de todas as grandes siderúrgicas (CSN, Usiminas, Cosipa e outras – que fizeram o Brasil passar de crônico importador para exportador de aço); conclusão das usinas de Angra 1 e 2; um programa agrícola que permitiu que ainda hoje estejamos colhendo os frutos da disparada de produção de grãos – graças à Embrapa, ao programa dos cerrados e ao programa “Plante que o João garante”; um salto formidável nas telecomunicações, até então ridículas; multiplicação da malha rodoviária – a mesma, praticamente, na qual hoje ainda rodamos, só que agora sucateada e abandonada; inauguração de dois metrôs: Rio e São Paulo; instalação de vários açudes no sertão nordestino; a construção de 2.400.000 casas populares, mais do que toda a história do BNH até então, e muito mais. 
Isto é apenas o que eu me lembro agora, ao aqui escrever rapidamente. 
Em resumo: naquela época, o dinheiro dos impostos dos brasileiros, simplesmente, destinava-se ao desenvolvimento do país. 
Mas, para concluir, já falando do presente: o que se está fazendo com o povo brasileiro é simplesmente criminoso. 
Só que a roubalheira na construção dos estádios é apenas a ponta do iceberg. 
Só chamando um Aiatolá para dar jeito, mesmo.
Grande Abraço,
Paulo Figueiredo 
Obs.: 1 – Paulo Figueiredo é filho do ex-presidente João Figueiredo.  
         2 – Por dever de justiça, é de se ressaltar que o Presidente João Figueiredo morreu pobre. 
Anos após morreu sua esposa, D. Dulce nas mesmas condições. 
Seu filho Paulo, hoje trabalha como qualquer mortal e nunca se teve notícia de qualquer negócio fantástico envolvendo seu nome, nem tampouco, que enriqueceu no governo do pai.
POR HOJE É SÓ... PONTO FINAL (REDAÇÃO: O BOLSO DO ALFAIATE)

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