É isso aí

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segunda-feira, 17 de março de 2014

alhos & bugalhos


Ela queria entrar com drogas na cadeia de Itajuípe


Esta mulher, de prenome Marley, foi levar mantimentos para o esposo dela que está preso na delegacia de Itajuípe. Ao entregar a sacola Marley não contava com a astúcia da agente policial que começou a revistar e percebeu algo estranho no interior de um vaso de desodorante. Ao abrir a embalagem estavam lá algumas buchas de maconha. Ela bem que tentou explicar que não sabia da droga, mas disse aos policiais que quem mandou entregar foi Sheila, a irmã de "Thuba", que cumpre prisão por vários delitos. Não deu outra, Marley foi presa em flagrante. (Web News Sul)

Deputados divergem sobre veto ao projeto que regulamenta criação de municípios

O veto mais polêmico a ser analisado pelo Congresso Nacional na terça-feira (18) é ao projeto que regulamenta a criação de municípios (PLP 416/08). A proposta possibilitaria a criação de cerca de 400 cidades, e a presidente Dilma Rousseff vetou o texto com a justificativa de que despesas poderiam ser feitas sem a criação de receitas equivalentes.
O deputado José Guimarães (PT-CE) defende a manutenção do veto e a apresentação de outra proposta sobre o tema. Uma ideia é estabelecer regras diferentes para a criação de cidades, por região do País. O deputado diz que o governo, depois de uma semana de crise, está recompondo a base aliada, e pode até mesmo conseguir manter o veto.
Guimarães afirma que, para manter ou derrubar o veto, o importante é manter a harmonia com o governo. "Nós estamos trabalhando para construir um texto possível, de consenso. Não é razoável irmos para o Plenário para derrubarmos o veto. Por outro lado, não pode ficar essa indefinição. Eu defendo que sentemos para iniciarmos o diálogo, consolidarmos um novo texto, ou até mesmo acertarmos com o governo a necessidade de derrubarmos o veto acordados com o governo", diz o deputado.
Insatisfação
Já o líder do PSD, deputado Moreira Mendes (RO), acredita que a insatisfação de partidos da base de sustentação do governo facilitará a derrubada do veto. Para o líder, regulamentar a criação das cidades é uma necessidade urgente.
"A derrubada do veto é imperioso. Eu represento um estado do Norte, Rondônia, que tem uma necessidade extrema da criação de municípios. Tem distrito que é maior que muitos municípios do estado, fica a 400 quilômetros do município sede", afirma Moreira Mendes.
Na última sessão que analisaria vetos, no mês passado, deputados e senadores não votaram nada, pois o governo conseguiu esvaziar a sessão com receio da derrubada do veto sobre a regulamentação de novos municípios. Íntegra da proposta:

Plenário pode discutir marco civil da internet nesta semana

Em sessões extraordinárias, os deputados podem votar a PEC que prorroga os benefícios da Zona Franca de Manaus. Esta semana terá também sessão do Congresso para votar vetos presidenciais a 12 projetos de lei.

Marco civil da internet estabelece direitos dos usuários e deveres dos provedores.
Após vários adiamentos, o Plenário da Câmara dos Deputados poderá começar a discutir nesta semana o projeto de lei do marco civil da internet (PL 2126/11). A proposta tranca a pauta desde outubro do ano passado.
O último adiamento na discussão do marco civil foi pedido pelo governo, na esteira dos desentendimentos entre Planalto e PMDB, cujo líder, deputado Eduardo Cunha (RJ), declarou que pretende trabalhar para derrubar a proposta.
Cunha apresentou um texto alternativo ao projeto. “Primeiro vamos votar pela rejeição do marco civil; se não for rejeitado, vamos discutir a emenda”, disse. (agência câmara)

Do ancelmo.com

Pra frente, Brasil

Por causa da Copa do Mundo no Brasil, o cartão Mastecard está usando, numa promoção, trecho daquela música “Pra frente, Brasil”. 
Como se sabe, a canção que celebrava a seleção brasileira na Copa de 1970 foi utilizada pelo Governo Médici como arma de 
da ditadura. Tanto que virou título de filme de Roberto Farias sobre a tortura na época. 

Só que...

 

“Pra frente, Brasil” foi composta por Miguel Gustavo (1922-1972), o mesmo que fez um dos melhores jingles políticos do Brasil para João Goulart, em 1960. 

Um trecho: “A nossa gente vai jangar. É Jango, é Jango. É o Jango Goulart.” 

Aliás, foi gravado por Elizeth Cardoso. 

Os 'catecismos' de Zéfiro


Chegou a hora e a vez de a academia homenagear o funcionário público que no recesso do lar, à noite, quando a mulher dormia, produzia as revistinhas de saliência que eram lidas dentro de catecismos para se manter o segredo de polichinelo. A historiadora Erika Natasha Cardoso está concluindo o mestrado em História na UFF que tem o objetivo de relacionar a obra de Carlos Zéfiro — pseudônimo do carioca Alcides Aguiar Caminha (1921-1992) — considerado um transgressor pelos mais recatados — com a moral do período em que ela circulou de forma mais expressiva no país, ao longo das décadas de 1950 e 1960. Ela conversou com Jorge Antonio Barros, da turma da coluna, que, danadinho, conheceu a obra de Zéfiro nos bons tempos da adolescência. 

Seu orientador, Daniel Aarão Reis Filho, diz que Zéfiro era um pedagogo. 

Com certeza. As próprias fontes da minha pesquisa confirmam que Zéfiro era um grande professor de “sacanagem”. Era profundamente didático, e muita gente aprendeu com ele, por exemplo, posições sexuais, dicas de higiene. O grande forte dele era a verdadeira aula de sedução. 

Até que ponto a repressão sexual vigente favoreceu o sucesso de Zéfiro? 

De fato, na década de 50, crianças e adolescentes não tinham acesso sequer a ver pernas de fora, como alguns adultos conseguiam nos teatros de revistas no Centro do Rio. E os “catecismos” foram perdendo a força com a chegada de revistas com fotografias coloridas, suecas e dinamarquesas. Mas a técnica narrativa de Zéfiro foi também muito importante para sua popularização. 

Afinal, os “catecismos” são pornografia ou erotismo? 

Não faço essa distinção a partir do conteúdo, já que o conceito de pornografia muda muito. Livros como “Ulysses”, de James Joyce, e “Madame Bovary”, de Gustave Flaubert, já foram considerados pornográficos. O próprio Zéfiro disse certa vez que pornografia era o que acontecia depois de alguns bailes no subúrbio de Anchieta, onde ele morava. 


EM TEMPO... 

Alcides, cujo pseudônimo foi revelado por Juca Kfouri, em 1991, é parceiro de Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito no clássico “A flor e o espinho”. Mas aí é outra

Igreja de São Francisco de Assis (século XVIII)



O que não nos falta são belíssimos exemplos da Arquitetura Barroca. Temos esplêndidos mosteiros, conventos e igrejas em vários estados do Brasil. Cidades inteiras tombadas como bens preciosos para toda a Humanidade.
Hoje falo da Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto, cuja construção teve início em 1776. E, portanto, falo de Antonio Franscisco Lisboa, o Aleijadinho, e de Manuel da Costa Ataíde.
O primeiro, um gênio, autor do projeto arquitetônico, do risco da portada, dos elementos ornamentais, dos púlpitos, do retábulo-mór e do teto entalhado da capela-mór.
O segundo, o magnífico pintor do forro da nave, em forma de gamela, com pintura que representa a Assunção de Nossa Senhora da Conceição, padroeira dos frades franciscanos. A revoada de anjos que acolhe Maria é de uma beleza emocionante: são crianças, jovens e adultos, todos mulatos e músicos.
Os dois artistas, nascidos respectivamente em Vila Rica (hoje Ouro Preto), e Vila do Carmo (hoje Mariana), são considerados os dois mais importantes nomes da arte colonial brasileira.
À época que a igreja foi construída, Ouro Preto vivia o ápice da sua história, por isso a magnitude da construção em diversos sentidos (tamanho, detalhamento, peças de ouro). A construção é um marco religioso, social, artístico da cidade e do estado.
Sobre o impacto que essa igreja causou em Carlos Drummond de Andrade há em seu livro, "Claro Enigma", um poema intitulado "São Francisco de Assis", do qual eis aqui algumas estrofes:

Senhor, não mereço isto. 
Não creio em vós para vos amar. 
Trouxeste-me a São Francisco 
e me fazeis vosso escravo.
Não entrarei, senhor, no templo, 
seu frontispício me basta. 
Vossas flores e querubins 
são matéria de muito amar.
Mas entro e, senhor, me perco 
na rósea nave triunfal. 
Por que tanto baixar o céu? 
por que esta nova cilada?
Senhor, os púlpitos mudos 
Entretanto me sorriem. 
Mais do que vossa igreja, esta 
Sabe a voz de me embalar.
                                       Perdão, Senhor, por não amar-vos. 

Igreja de São Francisco de Assis, Ouro Preto, MG
Fontes: "Claro Enigma", Carlos Drummond de Andrade (1951)
                Enciclopedia Mirador

(Publicado originalmente em 24 de março de 2011)

POR HOJE É SÓ... REDAÇÃO: O BOLSO DO ALFAIATE)

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