alhos & bugalhos
lEITURA
DO DIA
ITABUNENSES DECRETAM: PRAZOS DE VALIDADE DE VANE, WAGNER E DILMA ESTÃO
VENCIDOS
Walmir Rosário - Por
mais que torçam o nariz para o que escrevo, peço, humildemente, ao prefeito de
Itabuna e seus colaboradores clemência. Não para essa humilde pessoa. Não, não
é pra mim, mas para Itabuna, que não aguenta mais ser vilipendiada por seguidos
governos. Nem dá tempo de esquecer o anterior, que o presente toma as vestes,
hábitos e costumes do que passou.
Não fossem os políticos
os encarregados de elaborar as leis, estaria eu e mais uns dois desavisados com
barraquinha montada na praça Adami tomando assinaturas dos passantes num abaixo
assinado. Seria um documento de origem popular, igual ao que aprovou a lei da
ficha-limpa (ou seria suja?), para criar o Código de Proteção e Defesa do
Eleitor.
Se criariam, ou não, é
impossível saber, mas teríamos feito nossa parte. Enquanto isso não é possível,
o eleitor vai se virando como pode, até chegar ao tempo de considerar seu voto
padrão Fifa. Pra mim, essa história de colocar um político por quatro anos no
poder e não poder cassá-lo, por meio do voto, não é uma perfeição da
democracia. Melhor seria a introdução do parlamentarismo como forma de governo.
Como ainda não dispomos
desses instrumentos de defesa do Estado e do povo, o jeito é esperar as
próximas eleições (majoritária e proporcional) e alugar nossos palácios
municipais por mais quatro anos. Entretanto, não podemos nos descuidar da
eterna vigilância aos que teimam em permanecer contrariando a vontade do povo.
As urnas não mentem! Jamais!
Para não dizer que
minto, aumento ou invento, me socorro de pesquisa realizada pela empresa
Sócio-Estatística, na qual a população de Itabuna reprovou a condução das
gestões do prefeito de Itabuna, Vane; do governador da Bahia, Jaques Wagner, e
da presidente da República, Dilma Rousseff. A aferição foi feita no período de
19 a 24 de julho de 2013, coordenada pelo sociólogo Agenor Gasparetto.
Comparada com a anterior, realizada em março deste ano, o cenário
político-eleitoral descambou para o negativo, embora o novo cenário ainda possa
ser bem pior.
Na análise do
itabunense, o prefeito Vane é visto como positivo por míseros 5,8% contra 61,2%
de percepção negativa. Esse começo ruim de gestão vem reabilitando a imagem do
ex-prefeito Capitão Azevedo, que terminou desgastado como prefeito. Esse é o
triste quadro político-administrativo de Itabuna.
Mas, como nada ruim não
possa piorar, a população, quando perguntada sobre o futuro, ainda acredita que
haverá melhora. Os esperançosos somam 48%. Já os realistas somam 27% e os
que acham que ficará como está somam 21%. Afora 4% que não se definiram. Como
homem religioso que diz ser, Vane precisa ter fé de que será capaz de reverter
situação, mas fé por si só não será suficiente, para confirmar a expectativa da
população. Esta análise não é deste escrevedor e sim do sociólogo responsável
pela pesquisa.
Se em nível municipal
estamos “perdidos no mato e sem cachorro”, cenário diferente não acontece em
relação ao governador Jaques Wagner. Na avaliação do itabunense, este, sim é um
caso (ou voto) perdido. Não é de hoje que a percepção de sua administração
tende ao negativo. Hoje, possui 17,6% de avaliação positiva e 44,1%, de
negativa. Trata-se de um quadro crônico em Itabuna. Como nenhum investimento
está previsto para o município, a reversão tende a ser mais difícil. Quem sabe
um milagre de Lula?
Nem a presidenta Dilma
Rousseff com seu moderno, poderoso e rico avião voa em céu de brigadeiro nos
ares de Itabuna. As pesquisas revelam, em âmbito nacional, que o cenário mudou.
Quebrou o encanto e a partir de agora a situação é bem mais complexa e difícil.
Hoje, em avaliação positiva (conceitos ótimo e bom) soma 30,4% contra 27,9% de
avaliação negativa (conceitos ruim e péssimo).
O mandato dos deputados
também foi objeto de avaliação da Sócio-Estatística. Nela, o Coronel Santana
foi avaliado positivamente por 23,7% e negativamente por 21.2%. Augusto Castro,
31,2% de avaliação positiva contra 16,5% de avaliação negativa. Já Geraldo
Simões foi avaliado positivamente por 28,8% e, negativamente, por 37,4%.
Observa-se que se a
Razão em cargos majoritários pode ser fatal, mas não é grave para cargos
proporcionais, uma vez que são muitas as vagas em disputa, ao contrário
naquelas em que há lugar para apenas um. Assim, não ser amado por muitos
enquanto postulante a deputado não chega a ser um obstáculo instransponível
para a eleição, não podendo se dizer o mesmo para quem postula cargos
majoritários, como prefeito, governador e presidente, por exemplo. Esta análise
é do sociólogo Agenor Gasparetto.
Pelo cenário aferido e
apresentado, a população de Itabuna não concorda com os rumos dados pelo
prefeito, governador e presidenta (como gosta de ser chamada), considerando-os
pífios, enganadores. Estas palavras são adjetivações que faço, partindo da
premissa que as promessas de campanha devem ser cumpridas.
É pouco tempo, podem
rebater alguns, mas não devemos esquecer que o “costume do cachimbo deixa a
boca torta”. Haja vista o exemplo das promessas de Jaques Wagner, até hoje não
cumpridas, embora seu discurso apareça nos comerciais de mídia impressa, rádio
e televisão como o governador que mais realizou obras na Bahia.
O povo não é bobo,
apesar de fazer algumas “apostas” esdrúxulas, de vez em quando.
VOU BATER O MARTELO... PONTO
FINAL. (REDAÇÃO: O BOLSO DO ALFAIATE)
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